quinta-feira, 14 de abril de 2011

1,2,3...

Adormeceu o dia e acordaram os nossos corpos. 
Era a altura da despedida e eu não sabia como ia ficar sem ti porque nunca te tive, eras demasiado instável, a balançar no trapézio que fazias de vida.
 Falavas-me de todas as aventuras por que passaste, viagens sem rumo, vidas sem nome, em aventuras me levavas a passear pela tua paz de alma. 
Era a altura da despedida e eu procurava na tua expressão qualquer coisa que me dissesse que foste feliz na minha paz como eu fui na tua. 
Viste o meu olhar como secreto consentimento e puxaste-me para ti, sem reservas. Beijaste-me para me mostrares que no teu beijo podia pertencer ao teu mundo. 
Senti-me a voltar a vida, fantasmas arrumados, ali estava a paixão que me mostravam teus olhos sempre que me sugavam!
A paixão, que nos engoliu para um estado onde não havia restrições de nenhuma ordem, tomou os corpos por território permitido e sintonizou-se com as respirações ofegantes. Ninguém precisava de saber e assim não precisavam de haver perguntas.
 Eu sabia de antemão que não podia ser tua mais que uma noite.
 Tu sabias que não havia lugar na minha vida para ti, por mais que uma noite. Era só uma noite, ninguém precisa de saber...
"Quando eu contar até três, viramos costas e voltamos a ver-nos quando o destino decidir."

Um
Dois

Tres !
by:
/patybarreto/

Um comentário:

  1. Caramba hein... vc fala coisas que mexem profundamente com meus pensamentos... como vc faz isso???

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